Educação:
Educação é num sentido geral todos os passos e processos nos quais o indivíduo gradativamente se transforma num adulto inteligente e capaz de compreender sua realidade e transformá-la. O professor de Escola Bíblica Dominical tem a incumbência de formar o individuo, através de seu ensino em alguém consciente do chamado de Deus e da responsabilidade de viver a vida cristã com seriedade. Com este objetivo o professor deve estimular o aluno o amor ou a vontade de aprender, e formar hábitos de estudo independente, já que sua vida cristã depende do conhecimento e da experiência individual. O que se espera do professor é que entenda claramente a verdade antes de senti-la de maneira viva, e assim transmiti-la. O professor que conhece mal ou a metade do que vai ensinar não pode conquistar a atenção dos alunos, porque falta entusiasmo no seu ensino. O entusiasmo pode transformar as verdades em história viva para os que ouvem como para o que fala.
Algumas recomendações ao professor:
- Amar seus alunos,
- Precisa conhecer o assunto que vai ensinar. As verdades bíblicas são de pouco significado para o leitor descuidado e para o professor que não estuda. Mas, para aquele que une estas verdades com outras disciplinas, se torna um momento de raro conhecimento.
- As verdades que são sentidas são transmitidas com entusiasmo.
- O professor deve conduzir seus alunos a amarem e desejarem conhecer mais do assunto estudado.
O que cabe ao professor:
1. Preparar cada lição com dedicação. Cada momento de estudo traz novas experiências que edificam o professor.
2. Contextualizar o que está sendo estudado. O que enriquecerá a lição e o aluno saberá aplica-la em sua vida cotidiana.
3. Estudar a lição até que possa domina-la com linguagem familiar. O produto final do pensamento claro é o falar claramente.
4. Não descansar enquanto não compreender claramente a lição
5. Ensinar a lição que domina. Não se aventure a trabalhar um conceito que não está bem claro.
6. Ao estudar a lição use as perguntas: que? como? Por que? Para auxiliar na compreensão do texto.
7. Pesquisar outras fontes para melhorar a compreensão do conteúdo.
8. Se possível escreva o que entendeu da lição, ou converse com alguém que pode acrescentar informações e experiências.
Cuidados:
1. Não negligencie o preparo da lição, às vezes a ignorância dos alunos pode tentar o professor. Não pense que o seu conhecimento pode favorece-lo com conteúdo não estudado.
2. A classe de Escola Bíblica é um lugar para se ensinar as verdades da salvação e da vida com Deus.
A EBD deve promover o interesse do aluno em conhecer as verdades bíblicas e princípios que regem a nossa vida e do professor, que deve ser o direcionador desta aprendizagem. Assim ao buscar envolver o aluno na solução de um problema, ao resolve-lo alcança-se o aprendizado necessário. Ex. ao contar a parábola do bom samaritano, se a criança for estimulada a ajudar alguém, o aprendizado se processará por si mesmo. Não basta informar é preciso incentivar a aplicação. Outra sugestão: ao estudarmos os evangelhos poderíamos apresentar como numa viagem à palestina, forma de vida, a viagem para o país e pelo país, o mapa com as principais cidades e o globo terrestre mostrando a região atual, etc. Isto proporcionaria uma busca de conhecimento que fundamentaria a vida de Jesus num lugar real e bem conhecido dos estudantes. O que se propõe é que o aluno participe não só como ouvinte, mas interagindo com o professor e com os colegas.
A criança e o adulto que participa da construção do seu conhecimento crescerá muito mais do que aquele que só recebe informações. Por isso o papel do professor deve também ser de estímulo e inspiração ao conhecimento e vida do aluno. Só quando iniciamos “com vontade”, com interesse no que fazemos é que estamos realizando nosso chamado com eficiência, e transpomos nossos limites, isso se dá com o aluno e com o professor.
O esforço do professor deve ser de tornar sua aula tão interessante que a atenção dos alunos o acompanhe, possibilitando a apresentação da lição de forma atraente. Os artifícios para ganhar a atenção devem ser variados, e mudam conforme a idade e os estágios do crescimento e da inteligência. Por exemplo: as crianças pequenas devem ter lições pequenas e simples, como conceitos sobre a formação da família.
Um dos maiores inimigos da atenção é a apatia que se deve pela falta de gosto pelo assunto. Outro é a distração. A atenção está voltada para outros objetos.
Algumas recomendações:
- Não comece a dar a lição sem ter alcançado a atenção da classe.
- Pare logo que perder a atenção e retorne a alcançá-la.
- Não esgote totalmente a atenção. Assim que surgir os primeiros sinais de cansaço, pare.
- O tempo das lições deve observar a idade dos alunos.
- A atenção deve estar no assunto ensinado, e não nos objetos usados na lição.
- As histórias, cânticos, e assuntos favoritos dos alunos sempre são um bom meio para prender a atenção.
- Cuidado com fontes de distração, reduza ao mínimo.
- Prepare com antecedência perguntas que provoquem o pensamento. Certifique que não estão acima da idade ou possibilidade dos alunos.
- Torne a apresentação da lição a mais atrativa possível, usando ilustrações e todos os meios disponíveis.
- Mostre interesse genuíno pelo assunto da lição. O verdadeiro entusiasmo é contagioso.
- Use as mãos, a face e os olhos como recursos para contar sua história.
A linguagem:
A linguagem usada no ensino deve ser comum ao professor e ao aluno, deve ser entendida.
Nenhum ensino é completo se deixar de ser expresso de maneira clara e inteligente.
A Lição:
A verdade a ser ensinada deve ser aprendida através de alguma verdade já conhecida. Devemos buscar um ponto conhecido, mostrando certa semelhança do novo com algo conhecido ou já familiar. O aprendizado deve processar por passos gradativos. Algumas recomendações:
1. Descubra o que seus alunos sabem do assunto que você lhes vai ensinar, este será o ponto de partida.
2. Aproveite o conhecimento e experiência dos alunos.
3. Anime-os a aclarar e refrescar o conhecimento que já tem, lançando mão das expressões e palavras deles sobre o assunto.
4. Comece com ideias ou fatos que sejam do conhecimento dos alunos, para que as novas informações sejam acrescentadas.
5. Relacione, quanto possível, cada lição com as anteriores e com o conhecimento e experiência dos alunos.
6. Disponha a sua apresentação de tal forma que cada passo de uma lição conduza fácil e naturalmente à lição seguinte.
7. Os passos da lição devem ser proporcionais às idades e avanços dos alunos. Não desanime suas crianças com lições ou exercícios muito longos, e nem deixe de despertar e conservar o interesse dos alunos mais velhos dando-lhes lições por demais simples e fáceis.
Recapitulação:
Recapitular é bem mais que repetir, é repensar um pensamento, um reexame, trazendo novas concepções e associações, e traz um incremento de facilidade. A recapitulação é uma das condições essenciais a todo o verdadeiro ensino.
O PROFESSOR.
Grande parte dos comportamentos e das atitudes dos alunos é provocada pelo comportamento, pelos métodos e pelas atitudes do professor. O professor que tem entusiasmo, que é otimista, que acredita nas possibilidades do aluno, é capaz de exercer uma influência benéfica na classe e como um todo e em cada aluno individualmente, pois sua atitude é estimulante e provocadora de comportamentos ajustados. O clima da classe torna-se saudável, a imaginação criadora emerge espontaneamente e atitudes construtivas tornam-se a tônica do comportamento da aula como grupo. (Piletti, Claudino DIDÁTICA GERAL, ed. Àtica , pg 19)
Não basta ser alguém que goste ou queira cuidar das crianças, mas alguém que queira servir ao Senhor ensinando crianças. O professor deve ter as qualidades abaixo citadas para ter êxito em seu ensino.
Certeza da salvação Prepara a aula
Visão do trabalho Responsável
Vida cristocêntrica Vida exemplar
Dedicado Vida de oração
Amoroso Persistente
Ouve sugestões Espera resultados
APARÊNCIA DO PROFESSOR.
Vestimenta- vista-se de acordo com a ocasião. Não use enfeites que chamem a atenção e distraiam a criança. Mantenha o corpo em posição ereta, mostrando-se ao mesmo tempo à vontade.
Expressões faciais - o rosto deve irradiar a alegria e o amor de Cristo. Através das expressões desperta-se e prende o interesse do aluno. Mostre entusiasmo com seu ensino.
Gestos - Devem realçar o nosso ensino e fazer a história mais interessante. Evite gestos inúteis e exagerados.
Voz - Na narração de uma história a voz além de transmitir ideias fornece o ambiente. Com uma simples mudança no tom, muda-se a cena, criando assim um clima de expectativa, representando também, diferentes personagens. Varie o tom de voz e a velocidade no falar. Abaixando a voz e falando mais devagar, chama-se a atenção para uma parte empolgante da história. Fale pausada e audivelmente.
Linguagem - Use linguagem comum, com frases curtas, que seja compreensível às crianças.
fui superintendente e professor de ebd, as dicas são sensacionais, vale a pena seguir eu recomendo.
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